– México, 2016.
A vida de Salvador Cabañas quase chegou ao fim no dia 25 de janeiro de 2010 após o então atacante levar um tiro na cabeça em uma casa noturna no México. Mais de seis anos depois do incidente, o paraguaio revela que a maior decepção foi com seus familiares e amigos mais próximos.
Segundo Cabañas, sua então esposa, empresário e advogado, além de tios, usaram assinaturas falsificadas para roubar seu dinheiro e propriedades.
“Sacaram da minha conta 12 milhões de dólares. Tiraram de mim uma mansão em Assunção (Paraguai) e outras duas casas em Acapulco e Cancún (ambas no México). Também me roubaram joias valiosas. Para ser sincero, doeu mais ser roubado por gente que me amava do que o tiro que levei na cabeça”, disse em entrevista ao jornal ABC.
Cabañas era ídolo do América, do México, principal jogador da seleção do Paraguai e estava na mira de grandes clubes europeus. Seu salário era de 2 milhões de dólares por ano.
Ainda assim, mesmo com todas as mudanças na sua vida, o paraguaio não guarda mágoas do atirador, o narcotraficante José Jorge Garza.
“Ele está perdoado faz muito tempo. Não há outra forma de viver em paz. Se eu pensasse 24h por dia em vingança não seria feliz. Tive mais culpa que meu agressor, já que estava às 5h da manhã em uma discoteca. Não era o certo para um jogador de elite. Ainda me pergunto por que fiz isso”, revelou.
Aos 36 anos, Cabañas trocou o luxo que tinha no México por uma vida pacata no Paraguai, onde comanda um complexo esportivo e comanda um time da quarta divisão. “Só quero reconquistar o que é meu e ficar em paz”, encarra o paraguaio, que segue com a bala alojada na cabeça.
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